sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Muito mais que um beijo!


Estava navegando por aí e vi a chamada para a este link ( http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI26916-9531,00.html ). É uma lista dos 10 beijos mais bonitos da história do cinema e da TV. Antes que você possa pensar qualquer coisa, também não gosto de listinhas, essa então é uma grande bobagem. MAS a reportagem é só uma introdução para que eu fale do filme vencedor, o 1º lugar na lista: "Diário de uma paixão".

Esse filme já foi bem indicado pela Stella no seu blog( http://dicasdobem.zip.net/ ) e é adorado pela maioria que assistiu. Pena que não tenha sido tão assistido.



Diário de uma paixão(The Notebook) é um filme de amor, assumidamente e sem temor nenhum. Usa diversos clichês e, tecnicamente, é no máximo mediano. Mas é capaz de levar-nos embora com ele. Saímos da poltrona e viajamos na história do casal.

De estética simples, a narrativa versa sobre a força e a capacidade do amor de uma pessoa pela outra. Até aí, nada de extraordinário. No entanto, o casal principal é tão bem interpretado que exerce sobre nós uma mágica raramente vista.

Os atores são Ryan Gosling e Rachel McAdams. Ele é um ator talentosíssimo, da nova geração, e fez filmes considerados cults, como o excelente "Half Nelson" e o estranho "A Garota Ideal", filme no qual ele se apaixona por uma boneca inflável. Já ela vai no caminho contrário, fazendo porcarias de engasgar com a pipoca, como "Penetras bons de bico", "Menina Veneno" e o medonho "Meninas Malvadas"- uma mistura de High School Musical com Segundas Intenções, ou seja, não poderia ser pior.

Mas a grande verdade é que, em "Diário de uma paixão", eles não poderiam estar melhores. Tudo parece orgânico, verdadeiro e real. Os diálogos, os olhares, os beijos... O filme se torna irresistível. Não apenas embarcamos no romance, como também refletimos, pensamos, imaginamos ou desejamos viver um amor tão veemente. A dúvida vem na cabeça de qualquer um: " Será que um dia vou viver algo tão intenso? Será que já vivi algo parecido?". Os descrentes realistas podem dizer: "amor assim é conto de fadas, não existe!". Mas, conto de fadas ou não, até o mais desacreditado volta a sonhar e talvez se iludir com a possibilidade de vivenciar tal paixão. Afinal, quem não quer? Há casamentos felizes, namoros gostosos e muitas pessoas "ficando" nas baladas. Só que a questão trazida pelo filme não é o "gostar de alguém e conviver bem", é algo muito maior, um sentimento dominante que impera sobre a lógica social, sobre a conveniência racional.

O filme nos conta um amor devastador, SEM ser piegas ou sentimentalista. Para isso, não bastariam bons atores. Seria necessária a tal da "química", e o entrosamento aqui é fantástico. O casal principal ganha o filme, domina o espectador e entra definitivamente na nossa memória.

Por mais que , atualmente, os relacionamentos sejam cada vez mais ocasionais e despretensiosos, o que até tem o seu lado bom, uma vontade parece imperar: no fundo da alma, todos sonham viver um amor como o de "Diário de uma paixão".








Obs: aquele que se colocar negativamente em relação a minha última frase será submetido ao detector de mentiras.














Eleito o beijo mais bonito.


trailer do filme : http://www.youtube.com/watch?v=WVPFgs-61u0

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Humor é coisa séria!

????????????????????????????????



Estava lendo a Folha Online e me deparei com esta notícia http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/zapping/ult3954u507635.shtml, na coluna da Fabíola Reipert, sobre os bastidores do mundo artístico e televisivo.

Carlos Alberto da Silva, o Mendigo ex-pânico, e Vinicius Vieira, o Glu Glu ex-pânico, que haviam migrado para a Record com expectativa de sucesso, estão "sem função".

Fiquei muito feliz!

Por que?

Porque estão no lugar que merecem estar, no vazio.

O Pânico, lugar de origem dos dois "atores", sempre prezou por um humor rasteiro, vulgar e baseado na intimidação do outro. Longe de ter um roteiro criativo ou hábil, o programa, chefiado por Emilio Surita, tem como principal arma uma equipe de pseudo-repórteres - atores?- mal educados e e grosseiros. O problema não é o fato do humor estar no constrangimento alheio(outras formas de humor também partem da mesma prerrogativa), mas, sim, a hostilidade indecente e agressiva presente nos quadros. Você já riu com o programa? Eu também, o que não o isenta de seus defeitos.

É difícil de admitir, mas o Pânico fez sucesso. As idéias de Emilio e alguns bons improvisadores renderam ao programa audiência poderosa aos domingos. Foi o suficiente para a Record investir em dois membros da equipe - estes senhores na imagem acima- e tirá-los da Rede TV, com esperanças de abalar a concorrente e inserir os sub-comediantes em programas como o horrível Show do Tom. Bem, nem é preciso dizer o resto. Basta observarmos que o Pânico se abalou sozinho; sua audiência não é mais a mesma(apesar de ainda ser grande) e sua estrutura se esgotou. E a Record, orientada por alguém que não entende absolutamente nada de humor, contratou dois comediantes de 5ª categoria, paga a eles muito mais do que a Rede TV pagava e agora vive o drama de não saber onde colocá-los, pois o público- O JÚRI- logo caiu na real e condenou as duas figuras.


FIQUEI EXTREMAMENTE CONTENTE!


Chico Anysio, um verdadeiro criador de personagens cômicos.



Marcelo Tas é líder do CQC, programa que faz um humor jornalístico e politizado, apresentado por jornalistas e figuras da Comédia Stand Up paulistana. Esperança de um humor de mais qualidade. Marcelo Tas ou Emílio Surita?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Opinião, senso crítico e a participação dos leitores neste blog

Minha intenção primordial era fazer um post sobre o Oscar, que acabou de acontecer e consagrou uma produção que une Bollywood e Hollywood, o filme "Slumdog Millionaire"(Quem quer ser milionário?), ganhador de 8 Oscar, incluindo melhor filme e diretor, o que confirma a avalanche indiana no ocidente. Mas, ao ler os comentários sobre o útlimo post, a respeito de Heath Ledger, que acaba de ganhar o oscar póstumo e ser aplaudido de pé, resolvi fazer uma postagem diferente.

Sempre fui alvo de críticas que me acusavam de arrogante, pedante ou intransigente, por não aceitar opiniões diversas e achar que estou sempre certo. Assumo que fui assim por algum tempo, mas a ausência de análise crítica sempre me irritou. Odeio frases do tipo " gosto não se discute", " eu penso assim, tá? se vc não pensa, problema seu!" ou "cada um, cada um". Se gosto não se discutisse, cada um de nós estaríamos gostando das mesmas coisas desde os 3 anos de idade. Se o seu gosto por algo mudou e agora você gosta de outras coisas é porque você mesmo colocou o seu gosto antigo em discussão. Concordar ou não é um direito de todos, desde que estabeleça-se uma lógica explicativa, pautada por algo que gosto muito chamado ARGUMENTO!
Para minha satisfação, os leitores desse blog vem me surpreendendo ao exporem construções argumentativas louváveis a respeito das questões que permeiam as minhas postagens.

Tomo a liberdade de postar aqui dois comentários CONTRÁRIOS à minha posição sobre Heath Ledger no post passado, quando digo que a estatueta é mais do que justa. Percebe-se a clareza e a consistência dos dois textos, que , em poucas linhas, usaram de extrema solidez argumentativa.



O 1º é da Cris:

"Sensacional a atuação de Ledger.No entanto ,já que ele optou por morrer ,penso que dispensou ,além das agruras da vida ,a famigerada estatueta .Minha modesta opinião é que se premie um vivo ,um que tenha coragem de permanecer respirando neste mundo tão cruel.Talentosos são poucos mas estão aí..."

O 2º é de Rafael Do Gueto, vulgo Pelon:

"Bom, darei a opinião de quem vive, estuda e é um ator.
Sim, ele arrasou no fim, mas foi um fracasso.
Não acredito que levar um personagem pra cama, viver um personagem sejam características de um bom ator. Ele deixou seu nome pra posteridade e gravado, mas fracassou como ser humano. Fez o personagem perfeitamente e depois sucumbiu. Diderot dizia que atuação é técnica, que o cara deveria saber exatamente o que fazer e só se envolver com o personagem cênicamente: se a mãe de um comediante morresse a tarde, este se apresentaria perfeitamente a noite fazendo todos rirem. É esse um exemplo básico. levar o personagem pra cama não leva nada.
Por isso resumo o fato em uma frase: Um Fantástico ator fracassado...
ps: não merece a estatueta."


São opiniões das quais discordo por achar que uma premiação julga a contribuição artística do ator no filme em questão. PORÉM, os dois levaram a discussão a um ponto onde concordar ou discordar não importa muito. Cris parece levantar a questão "qual a função do Oscar?" e "por que premiar um suicida?", algo que não havia pensado e que merece reflexões. Já Gueto questiona o processo de Ledger e critica o envolvimento pessoal do ator com o personagem. A visão do Pelon lembra muito a fala de uma mulher chamada Fátima Toledo, preparadora de elencos, que trabalhou em filmes brasileiros como Cidade de Deus e outros. Ela diz, também baseada em Diderot, que o ator deve fazer uso do sensitivo e não do emocional, já que o envolvimento "espiritual" do ator com o personagem é algo com o qual ela se recusa a trabalhar, pois pode ser perigoso. Sua tese é a de que a técnica de atuar é dominar racionalmente algumas sensações, de modo que o ator tenha total controle sobre o ato e que, assim, possa desligar e ligar o personagem a qualquer momento. Daí o porquê do método dela ser tão usado no cinema, onde grava-se 34753049857 mil vezes a mesma cena e nem sempre na ordem lógica dos acontecimentos.


Definitivamente, a discussão bem fundamentada é um dos meus passatempos prediletos, porque só nos faz crescer.

AGRADEÇO a vocês por irem muito além do "eu não gosto", "eu acho, eu não acho".


SENSACIONAL!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Oscar deveria vir maquiado!

Domingo, à noite, acontece o Oscar. Dentre todas as apostas e palpites, o prêmio que parece mais certo é o de ator coadjuvante para o falecido Heath Ledger, pelo papel de Coringa, no último filme do Batman("O Cavaleiro das Trevas") que, por sinal, é apontado como o melhor filme de heróis já feito. O Oscar póstumo é mais do que merecido e a estatueta deveria vir com um sorriso cicatrizado. Para aumentar a credibilidade do falecido, ganhará de gente respeitável como Josh Brolin, Downey Jr. e Philip Seymour Hoffman, talvez o melhor ator da atualidade.

No entanto, a premiação não dá conta de dizer o que foi a participação de Ledger no filme.

Seus méritos vão desde a criação cirúrgica de características psicológicas e visuais do personagem até a execução inacreditavelmente competente. Ledger criou um Coringa diferente, em vários aspectos, daquele dos quadrinhos, da série(Cesar Romero) ou do cinema(Jack Nicholson). O personagem é cheio de "coisinhas", cheio de tiques e artimanhas. Tudo administrado e exibido como tempero ao personagem. O jeito de andar, a movimentação da boca, o barulho da saliva, o tom de voz, o gestual detalhista, a maquiagem borrada(feita por ele mesmo) etc. Ou seja, coisas não roteirizadas por Nolan, que deram brilho ao novo Coringa. Apenas a disposiçaõ das idéias na hora da composição, entretanto, não são suficientes para uma boa atuação. Há casos de atores extremamente originais e criativos, mas incapazes de colocar as brilhantes idéias no palco ou na tela. Não é o caso de Ledger e seu Coringa.

A comparação com o Joker de Nicholson é inevitável, até porque a analogia nos leva a acharmos diferenças gritantes. O coringa de Jack Nicholson é sarcástico, irônico e alegórico. É mais um personagem-mito, algo circense e romântico, típico dos filmes do Tim Burton. Heath Ledger foi na contra-fluxo. Apoiado pelo onda realista pela qual passa o cinema americano, criou um Coringa psicopata, frio, assustador e difusor do caos. Na verdade, é a certeira figura da anarquia.
Um vilão solto, sem compromissos com objetivos a serem alcançados. "Alguém que só quer ver o circo pegar fogo", como diz o mordomo Alfred.

Diante de tantas bons vilões que tivemos no cinema, muitos dizem ser Heath Ledger e seu Coringa, o melhor vilão da história do cinema.



Curiosidades:


- Jack Nicholson não gostou da opção do diretor Nolan quando chamou Ledger para fazer o papel.

- Heath Ledger ganhou o papel disputando com Paul Bettany, Adrien Brody e Robin Williams.

- Michael Caine(Alfred), em gravação da 1ª cena em que veria o Coringa através de um televisor, esqueceu suas falas, ficando aterrorizado com a atuação de Ledger.

- Heat Ledger teria feito um diário do Coringa e teria se hospedado em um hotel por 1 mês, onde bolou o personagem.




Também bato palmas!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Explicações e considerações

Quando criei este blog, resolvi estampar, bem aí ao lado, uma coluna que traz a imagem de um autor e, abaixo disso, um trecho ou parte de uma obra sua. O autor em questão,atualmente, é Vladimir Vladimirovich Maiakovski, talvez o maior poeta russo. E a obra escolhida para representá-lo aqui foi "Incompreensível para as massas", um de meus poemas preferidos e que marca uma característica das obras do poeta: a união entre a dimensão do sentido crítico e metalinguístico, típico de ensaios sobre a arte, com a construção poética elaborada. Como podem observar ao lado, Vladimir não é aquele autor idílico, que procura manifestar-se através do suprasensorial. PELO CONTRÁRIO, Maiakovski é agressivo, chegando a ser áspero; não tem papas na língua e usa uma linguagem cotidiana e direta. A consciência universal sobre a arte e reflexões construtivas, assim como a auto-avaliação constante foram aspectos que despertaram em mim o gosto por Maiakvoski.

Como já foi dito na 1ª postagem, trato o blog como uma ferramenta para o exercício da expressão, esperando que seja um meio para transmitir um pouco de mim e de minhas "escolhas". Maiakvoski é uma delas e resolvi dividi-la com vocês. Porém, o tempo dele aqui acabou e amanhã postarei outro autor e outra obra, com a intenção de expandir visões.

Maiakovski desejava a arte para todos e não para alguns.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uma ditadura disfarçada, aprovada pelos que votaram e pelos que não votaram!




O megalomaníaco Hugo Chávez conseguiu o que queria. A população venezuelana aprovou, em referendo, a reeleição ilimitada. Ou seja, agora a ditadura Chaviana ganha ares de democracia. E pode apostar que o senhor aí acima irá ficar mais insuportável do que já é, vangloriando-se do povo estar a seu favor.

No entanto, nem tudo é como parece. A votação foi apertada, 54,36% a favor da reeleição ilimitada e o que mais impressiona é a abstenção, nada menos que 25% da população NÃO VOTOU! Os representantes dessa assustadora porcentagem optaram por LAVAR AS MÃOS, assim como teria feito Pilatos(ou Judas, segundo minha ex-professora de Química). Não consigo entender isso: um panfletário chega ao poder, defende a revolução Bolivariana pela união da América Latina contra o mal(E.U.A.) e enquanto isso comercializa quantidade gigantesca de petróleo, exportando para eles, SIM, exportanto para o "mal". Além de tal incoerência, Chavez produz o violento cerco à oposição, destruindo a liberdade de imprensa e desestruturando o movimento estudantil. E, diante desse vasto currículo, 25% das pessoas não tomam posição?


"abstenção é o ato de se negar ou se eximir de fazer opções políticas. "


Triste!


Por quantos anos?


Fernando Gabeira perdeu uma eleição disputada voto a voto no Rio de Janeiro, onde centenas de milhares de pessoas(potencialmente eleitores de Gabeira) viajaram no fim de semana da votação.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Grandes cenas, grandes canções!

Assistir a bons filmes e ouvir boas canções são momentos mágicos e marcantes para mim. Então, quando existe uma junção das duas coisas, estou feito! Tenho uma queda por cenas que mostram várias pessoas cantando com entusiasmo uma canção. Coloco aqui, abaixo, 3 ótimas cenas que não esqueço e convido vocês, leitores, a se alegrarem, rirem ou se emocionarem com as canções.


Essa é de "Lado a Lado", filme do Chris Columbus. Susan Sarandon e Ed Harris são divorciados e têm dois filhos. Inicia-se uma crise familiar quando ele(Harris) se apaixona por uma mulher mais jovem(Julia Roberts) e seus filhos e a ex-esposa(Sarandon) têm dificuldade em aceitar o romance. Tudo se complica ainda mais quando Susan desobre que está doente.

Como vocês verão, a música, "Ain't no mountain high enough", sucesso na voz de Marvin Gaye, guia os acontecimentos. É através da canção que as crianças se aproximam da madrasta e se reaproximam da mãe.



http://www.youtube.com/watch?v=PJ0I7HMFu1k




A famosa cena de "O casamento do meu melhor amigo", de P.J.Hogan, também com a Julia Roberts(que alguns amigos chamam de "Roboberts"). Ela faz o papel de Julianne, uma mulher que se desespera quando seu melhor amigo, que ela sempre amou de paixão, comunica que vai se casar. Nessa cena, Rupert Everett, que faz o amigo gay de Julianne, conta uma falsa história de como eles se conheceram para sustentar uma mentira inventada por ela. A música é "I say a little prayer for you", de Burt Bacharach. Muito Bom!





http://www.youtube.com/watch?v=lUyFZUKo6u8&feature=related



Essa mexe comigo! É de "Quase Famosos", de Cameron Crowe. Um adolescente de 15 anos, que deseja ser jornalista musical, consegue matéria para a Rolling Stone e acompanha banda de Rock dos anos 70 em turnê. A bela canção, "Tiny Dancer" de Elton John, é cantada por todos após uma ressaca.


http://www.youtube.com/watch?v=7Qn3tel9FWU



Sintam-se à vontade para, caso queiram, lembrar de outros tantos momentos "musicados" do cinema na caixinha de comentários.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Os jovenzinhos Camiseta

Uma das mais vendidas!






Os jovenzinhos camisetas são uma vertente dos jovenzinhos 89(explico em um post futuro), ou até dos jovenzinhos "É cedo", uma brincadeira familiar criada por minha tia. São usuários de camisetas simbólicas que expressam conceitos, ideologias pré-formadas e geralmente mal interpretadas etc. Pois é, o problema é que eles estão se espalhando por aí. Há uma imensidão deles pela cidade. A camiseta representaria - na concepção deles - um reforço ao estilo de vida que vivem ou um cartaz(é isso, as pessoas viraram cartazes) que diria o que eles são, o que pensam e o que fazem. É aquela velha história do modismo irracional e contagioso, que contamina essencialmente os jovens de classe média. "Se eu penso daquele jeito, tenho que usar um símbolo". Meu Deus, quanta babaquice!

A grande verdade é que não aguento mais as tais tribos e suas camisetas. Agora, é CULT usar camiseta do "Laranja Mecânica"- Minha Nossa Senhora, coitado do Kubrick - acompanhada de All Star, calças rasgadas e óculos de aro preto.

"Ah, mas você está rotulando!" - Não estou não, são essas pessoas que se autorrotulam!

Que fique claro, não tenho nada contra o All Star, calça rasgada e muito menos contra o Laranja Mecânica. Sou, sim, oposto à utilização de simbologia para reforçar ideologias que não existem ou servir de sustentação para um maquinário intelectual deficiente.


FALEI!


E esta aqui? Imagem bastante usada, mas não necessariamente bastante conhecida de fato.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Talvez o que há de melhor no cinema atual: PIXAR




O Oscar acontece no dia 22. E, pela primeira vez, uma animação concorre a tantas categorias. Estou falando de WALL-E, desenho da pixar, que concorre a 6 estatuetas, incluindo melhor roteiro original. Prêmios e homenagens, entretanto, não faltam à PIXAR.

As animações, antigamente, eram consideras como representantes do gênero infantil. Hoje, sabemos que a PIXAR foge à regra, fazendo história não apenas na animação, mas também escrevendo seu nome na historiografia dos movimentos cinematográficos. A revolução que a PIXAR fez não se limita ao inacreditável desenvolvimento tecnológico(todas as animações da PIXAR são tecnicamente perfeitas), houve uma alteração no conteúdo. Contos de fadas e fábulas infantis deram espaço a enredos extremamente originais e as animações mais recentes, além de terem uma construção muito bem elaborada, escondem uma complexidade suficiente para cativar desde os que usam chupeta até os frequentadores de cineclubes da paulista.

Filosofias, existencialismo, pessimismo humano, construção de sociedade e outros tabus da antropologia são temas que estão por trás de desenhos da PIXAR. Ou você acha que WALL-E é apenas uma animação bonitinha?

Quem tem preconceito com animação, acha que é coisa de criança ou perda de tempo, aconselho que pare de bobeira e assista aos filmes da PIXAR. Na verdade, o melhor seria comprá-los, pois são filmes para se ter.


Abaixo, o link para o trailer de "UP", o novo filme da PIXAR. Olhem a loucura:



http://cinemaeafins.com/2008/11/assista-ao-primeiro-trailer-de-up-novo-filme-da-pixar.html


O rato Remy , de RATATOUILLE

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sorrisos devem ser vontade, não necessidade!

Sorrir é maravilhoso. É bom para você -principalmente para os músculos da sua face- e talvez seja ainda melhor para quem vê você sorrindo e sorri também. MAS, o sorriso verdadeiramente prazeroso é aquele que é orgânico, natural, espontâneo. Ou seja, o belo sorriso deve representar a vontade momentânea de sorrir. Excetuando as manifestações artísticas, TER que sorrir é abominável. E, frequentemente, nos vemos em situações nas quais esticamos os lábios para os lados, a fim de socializar com pessoas, de agradar alguém, conseguir uma boa impressão ou posar para a câmera.

Uma vez, em uma conversa descompromissada, levantaram uma questão interessante: a evolução do sorriso durante a vida de uma pessoa. Estávamos tentando arranjar uma explicação que nos ajudasse a compreender o motivo dos sorrisos das crianças, ou ainda mais dos bebês, serem bem mais alegres e sinceros do que os dos adultos. Claro, a ingenuidade e o desconhecer das mazelas mundanas por parte de um bebê permite que a alegria se irradie de forma lúdica, originando aquele sorriso bonito que faz com que os grandalhões à volta do pequeno babem.

É triste admitir, mas, com o decorrer do tempo, o nosso sorriso muda, transforma-se. Além de sorrirmos cada vez menos.

Às vezes, de tanto forçamos o sorriso, tem hora que os lábios não obedecem mais, tendo que receber a ajuda dos dedos.
Será que ele irá sorrir assim daqui a 30 anos? Espero que sim, mas...

As pessoas quiseram vê-lo sorrindo.

Esse sorriso, por sua vez, poucos querem ver pela frente.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Poucos criam, alguns copiam e alguns são premiados

Os caras do Coldplay




Na noite do último domingo, em Los Angeles, os britânicos do Coldplay ganharam o grammy de melhor canção do ano com a música "Viva la vida". A grande polêmica, no entanto, reside na acusação de plágio feita pelo guitarrista Joe Satriani, que diz que "Viva la vida" é plágio de "If I could fly", música lançada pelo guitarrista no disco "Is There Love in Space?". A banda nega.

Longe de querer julgar se houve plágio ou não(realmente, o trecho melódico que sustenta "Viva la vida" é praticamente igual ao riff de Satriani), digo que há aquilo que chamam de plágio inconsciente, que é feito sem intenção, despropositadamente. Pode ser que seja o caso.

Porém, pra dizer bem a verdade, poucos criam, de fato, alguma coisa no meio musical. No rock, há bandas criadoras, que inventaram novas formas, alteraram a estilística e influenciaram gerações. E há bandas competentes que apenas seguiram roteiros, no máximo misturando influências. É o caso do Coldplay. Trata-se de uma banda forte no cenário mundial, composta por bons músicos, possui arranjos ricos e um intérprete que conquista muitos ouvidos. Suas canções recebem claras influências de U2, Echo and the Bunnymen e até uma pitada de R.E.M. Não digo que sua força criativa é limitada, mas sim que segue modelos já anteriormente criados e difundidos. Assim como MUITAS bandas e artistas atualmente. Tudo se parece, esse é o problema.






Abaixo, o link da reportagem da UOL para o caso. Lá vocês podem ouvir e reparar a semelhança.

http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/12/09/ult89u9972.jhtm

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Só uma chuvinha?






As fotos acima -totalmente desfocadas- foram tiradas por mim, anteontem(sábado), lá pelas 19h. Estava andando pela rua, acompanhado de dois amigos, quando começou a chover fortemente. Totalmente encharcados, paramos num posto, que fica a dois quarteirões aqui de casa. Foi de lá que vi o "Deus nos acuda". Uma chuva que parecia ser daquelas pesadas, porém ligeiras, durou tempo demais e o resultado foi aquilo que todos puderam acompanhar, MAIS UMA VEZ, nos telejornais noturnos. Eu, estático no posto, olhei o samba dos carros que se aventuravam na enchente. Alguns enguiçavam, outros conseguiam passar pelos principais pontos de alagamento. Os motoristas que saíam do condomínio em frente ao posto pensavam duas vezes antes de acelerar.

Nesse tempo, lembrei daquele papo de que o Brasil não sofre com desastres naturais, já que os terremotos são raros, furacões mais ainda e não há vulcões em atividade. Tudo bem, mas com o perdão do "palavrão", aqui, no sudeste e sul brasileiros, é assim: choveu, fudeu! As enchentes são cada vez mais frequentes no Sudeste inteiro e em algumas áreas da região Sul, como Santa Catarina, que sofreu enorme devastação no final do ano passado.

Diante do problema, muita gente coloca a culpa na chuva. Não sei se dou risada ou se choro ao ouvir essas declarações. No desastre em Santa Catarina, autoridades, como o secretário de segurança pública do Estado, lamentavam a "fatalidade" e diziam estar orando para a chuva passar. Fatalidade? Os alagamentos, enchentes e desabamentos são consequência da falta de planejamento urbano, da ocupação irregular de áreas impróprias, do lixo, do entupimento de bueiros etc. Ou seja, as autoridades públicas, com a devida colaboração da população e de outros orgãos, deveriam trabalhar para promover condições adequadas de habitação e infra-estrutura e não transmitir a responsabilidade a um fenômeno natural.

Chuvas tropicais, de forte intensidade, acontecem em vários lugares do mundo. Mas não é em todos eles que as imagens das cidades atingidas vão parar naqueles programas americanos do tipo Vídeos Incríveis.

Enquanto isso, aqui, muitas pessoas rezam para não chover.





Será que Gene Kelly toparia dançar nas chuvas brasileiras?



sábado, 7 de fevereiro de 2009

UMA PITADA A MAIS e o porquê de fazer um blog

Resolvi escrever!




Há tempos, venho prometendo, aos conhecidos e a mim mesmo, que vou criar um blog. Aqui está: UMA PITADA A MAIS é o meu novo espaço, onde darei pitadas e tentarei mostrar novos temperos, revelando o que conheço do meu paladar e procurando entender outros paladares.


Ao leitor que ainda acha que planejo um blog gastronômico, explico: comentarei notícias, fatos, peças, discos, filmes, acontecimentos, assim como farei reflexões, postando pensamentos acerca do mundo e do ser humano, e darei dicas, principalmente culturais. Com humor, também escreverei sobre coisas do meu cotidiano e experiências pessoais.


Os assuntos das postagens poderão variar de campeonatos de cuspe à cor da sandália usada por Penélope Cruz em alguma premiação, assim como o post pode ter 8 parágrafos ou meia linha. O importante a dizer é que sempre darei UMA PITADA A MAIS sobre o tema. Pode ser uma pitada a mais de sal, de açúcar ou até mesmo uma pitada a mais de pimenta.

Pensamento do leitor desconfiado: " Ah, mas quem é você? Você acha que alguém vai ler isso, seguir suas dicas, aceitar as críticas ou considerar suas reflexões pseudo-filosóficas?"

A resposta é: "Tá bom, acho que não!"


Quero deixar claro que, sem a mínima pretensão de ser o dono da verdade ou o Gasparetto, usarei o blog como um exercício de expressão, um amplificador, auto-falante, um microfone divulgador de idéias e opiniões que, até então, estavam escondidas, guardadas na minha caxola.

Ao leitor que se aventurar por aqui, desejo paciência, sangue frio e UMA PITADA de perseverança.



ATÉ MAIS!







Abençoai este blog e este ingênuo blogueiro!