domingo, 28 de junho de 2009

Blog em obras - ou em mudança






Como puderam perceber, estou sem postar aqui, o que, admito, é péssimo.

Tenho explicações, que talvez sejam meras desculpas esfarrapadas. Porém, a verdade é que agora terei tempo e voltarei a publicar.

Enquanto isso, na coluna ao lado, deixo um pequeno, mas muito característico, trecho da obra de Arthur Schopenhauer, filósofo alemão, da escola kantiana, precursor da psicanálise e muito famoso pelo pessimismo. Também é responsável por introduzir o budismo.

O escrito ao lado se refere à modéstia.

De pensamentos intragáveis para alguns, Schopenhauer é agressivo, seco e rude na colocação. Mas, pelo pouco que li, seu estudo acerca do comportamento humano parece fascinante.


Filosofia da Morte

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Solidão - "O Silêncio das Estrelas"

fonte: DeviantART

A solidão, como uma sensação de vazio ou isolamento, é um sentimento poderoso. Muitas vezes amedrontadora, a solidão é, de vez em quando, necessária. Há pessoas que "funcionam" melhor sozinhas, enquanto outras só engatam se estiverem acompanhadas.

Estar sozinho, em qualquer sentido, pode ser benéfico ou maléfico dependendo do que se analisa e do ponto de vista, é claro.

No entanto, o que me preocupa é o medo que as pessoas têm da solidão. Uma hora ou outra estaremos sozinhos e precisamos aprender a conviver com isso.

O medo da solidão causa algo muito pior do que ficar sozinho: a hipocrisia de relações orientadas pela conveniência. Explico: uma pessoa pode namorar, ter muitos amigos, contatos, ter centenas de pessoas na sua festa de aniversário e, mesmo assim, ser solitária. Se tais relações NÃO são ocasionadas pela vontade pura de estar com essas pessoas e sentir-se bem com isso, tapa-se o sol( solidão) com a peneira.

A quantidade de namoros e amizades cretinamente convenientes é assustadora.

A relação é simplificada e ao mesmo tempo vulgarizada, piorada: não tenho ninguém, ela também não; sou legal, ela também; então "é nóis". O que é razão suficiente para uma boa ficada ou até uma convivência situacional acaba por sustentar um compromisso desmedido,onde as pessoas não nutrem um sentimento real, mas escolhem o caminho mais fácil, menos trabalhoso, optanto por ter uma vida com uma pessoa que gosta e respeita - mas não ama- e amigos dos quais fala mal quando não estão perto.

"Ah, mas eu gosto dele!" - Gosta mesmo? Ou tem pavor de não achar mais ninguém se acabar a relação? Ou seja, impera a lógica do "assim já tá bom",ou coisas do tipo, como o "não tem cão, caça com gato" e outras frases nojentas do mesmo naipe, representativas do medo de não conseguir algo melhor e ficar só.

Por que continuar com essas relações? Porque é muito mais simples do que correr riscos indo por um trajeto mais espinhoso. Porém, muitas vezes, o mais difícil é o certo.

Ninguém quer ficar sozinho por muito tempo, mas aqueles que conseguem se dar melhor com a solidão são mais capazes de originar ligações verdadeiramente frutíferas e honestas com outras pessoas, pois aproveitam as relações por total escolha e não as usam como remédios para suas incapacidades.

fonte: DeviantART




Sobre esse assunto, Lenine fez uma linda canção, onde canta "um homem em busca de mais", chamada Silêncio das Estrelas, do álbum Falange Canibal. Você pode ouvir aqui. É só clicar no título da música.